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Défice do 1.º trimestre é uma “indicação positiva” para cumprimento da meta anual – ECO
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O Conselho de Finanças Públicas elogia o desempenho do défice no primeiro trimestre do ano, mas deixa alertas: a redução da despesa com ordenados é irrealista e o investimento está aquém da meta.

A entidade liderada por Teodora Cardoso deu uma nota positiva ao desempenho das finanças públicas no primeiro trimestre deste ano. Uma vez que os primeiros três meses costumam ser os piores em termos de défice, os 2,1% calculados pelo INE são uma “indicação positiva” para o alcance da meta anual de 1,5%, prevista no Programa de Estabilidade 2017-2021. O Conselho de Finanças Públicas considera, ainda assim, haver incerteza uma vez que não se conhece o impacto da recapitalização da CGD.

Num relatório divulgado esta quarta-feira, que analisa a evolução orçamental do primeiro trimestre, o CFP diz que é preciso “prudência” a fazer comparações trimestrais ou anuais, mas assinala que este é o menor défice, em percentagem do PIB, de todos os primeiros trimestres desde 2013. Para este resultado contribuiu o aumento da receita, em particular dos impostos indiretos e contribuições sociais, e de um crescimento mais tímido da despesa.

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Além disso, o Conselho de Finanças Públicas assinala que “para a quebra do défice tendo por referência o PIB, contribuiu também o aumento nominal de 3,6% deste agregado verificado em termos homólogos”. O Produto Interno Bruto aumentou 2,8% no primeiro trimestre, segundo o Instituto Nacional de Estatística.

Dado o histórico de défices elevados no 1.º trimestre face aos restantes, a entidade liderada por Teodora Cardoso considera que “o resultado obtido pode, assim, ser considerado como uma indicação positiva para o cumprimento da meta fixada pelo Governo para o défice orçamental“. No entanto, o CFP assinala que “tal situação não deva ser entendida como um dado adquirido, uma vez que cada ano orçamental apresenta idiossincrasias na execução intra-anual da receita e da despesa”.

Uma das idiossincrasias de 2017, ainda por apurar, é o potencial impacto do registo em contas nacionais da operação de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, “bem como a recuperação da garantia concedida ao BPP (450 M€ ou 0,2% do PIB anual) prevista no OE/2017 e PE/2017, mas ainda não concretizada”, acrescenta o CFP. Relativamente ao CGD, o INE explicou no final de junho que a análise ao modo de contabilização da Caixa está a ser feita em diálogo com o Eurostat e que “terá como limite temporal março de 2018”, quando for reportada a primeira notificação do Procedimento dos Défices Excessivos relativa a 2017.

É isso mesmo que refere o Conselho de Finanças Públicas na sua análise: “De acordo com o destaque das contas nacionais trimestrais publicado pelo INE no dia 23 de junho, no 1.º trimestre de 2017 iniciou-se um plano de recapitalização da CGD cujo valor total atingirá 4.874 milhões de euros (4.444 milhões de euros já realizados no 1.º trimestre de 2017) dos quais 3.944 milhões de euros suportados pelo Estado português”. A entidade liderada por Teodora Cardoso nota que “o Ministério das Finanças não considerou qualquer impacto na Conta das Administrações Públicas decorrente da operação de recapitalização da CGD“.

Quanto à dívida pública, o CFP assinala a necessidade de diminuir em 2,6 pontos percentuais o rácio, na ótica de Maastricht, para que seja cumprido o objetivo fixado no Programa de Estabilidade. Este ano a dívida pública tem continuado a crescer: no primeiro trimestre fixou-se em 130,5% do PIB, segundo o Banco de Portugal. São já mais de 247 mil milhões de euros. O Conselho de Finanças Públicas assinala que as operações relacionadas com a CGD prejudicaram a evolução da dívida.


Redução da despesa com pessoal não é realista
As reversões aplicadas pelo Governo estão a pressionar a despesa. Apesar da despesa estar a crescer a um ritmo bastante inferior ao previsto, há um item que vai em contra corrente: é o caso das despesas com pessoal que estão a registar um ritmo de crescimento superior ao previsto. Em causa está a reversão salarial na administração pública, a redução do horário normal de trabalho, o aumento do subsídio de refeição e a alteração do regime duodecimal a que está sujeito o subsídio de natal (neste último caso, beneficiou a execução no primeiro trimestre), elenca o CFP.

Acresce que a política de recrutamento de Mário Centeno não está a funcionar. O Ministério das Finanças previa contratar um trabalhador por cada duas saídas, mas os dados revelam que tanto em 2016 como no primeiro trimestre de 2017 houve um aumento do número de trabalhadores. Assim, o CFP conclui que “a redução da despesa com ordenados e salários no subsector da administração central que está subjacente na POE/2017 não parece ser realista”.

“Esta previsão não se afigura realista, tendo em conta os impactos orçamentais referidos”, projeta o Conselho de Finanças Públicas. No entanto, o relatório assinala que esta comparação é feita com o que estava previsto no Orçamento do Estado para 2018. É que no Programa de Estabilidade o Governo alterou essa meta: “no âmbito do PE/2017, a previsão de despesa com ordenados e salários do conjunto das AP foi revista em alta (+201 M€), tendo passado a estar subjacente um crescimento de 1,4% face a 2016 (ao invés de 0,1%)”.

Além disso, o consumo intermédio também registou um ritmo de crescimento elevado nos primeiros três meses do ano, mas há pormenores que dificultam a comparação com o ano passado, uma vez que parte do ano foi em duodécimos dado o atraso no OE. Ainda assim, é de realçar que, no total, a despesa cresceu apenas 0,3% face aos 4,6% previstos.

Investimento aquém. Aumento é da responsabilidade das autarquias
Dentro da despesa destaca-se a evolução tímida do investimento. O Conselho de Finanças Públicas — que tinha alertado que o investimento público em 2016 foi o mais baixo desde 1995 — avisa que o aumento no primeiro trimestre foi de 10,3%, manifestamente inferior à variação de 49,2% prevista no OE (uma percentagem influenciada pela base de execução baixa de 2016).

No entanto, o CFP assinala que “normalmente este tipo de despesa costume acelerar no último trimestre do ano”. Na administração central, “onde é esperado o maior montante de investimento”, o valor do investimento quase não se alterou face ao mesmo período do ano passado. Quem foi responsável então pelo aumento do investimento? As autarquias, que vão a votos em outubro: “O aumento do investimento das AP (56 milhões de euros) foi quase exclusivamente justificado pela administração regional e local (50 milhões de euros)”, explica o CFP.

Desempenho do IVA dá impulso às receitas
A receita com o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) — que para alguns produtos da restauração voltu a ser 13% a 1 de julho do ano passado — está a ajudar as receitas das administrações públicas. “Os impostos indiretos cresceram acima do ritmo previsto na POE/2017 impulsionados pelo desempenho do IVA”, escreve o CFP, referindo que este imposto cresceu 4,2% face aos 3,3% previstos.

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CFPCFP


“O crescimento da receita líquida de IVA no 1.º trimestre foi superior ao objetivo anual previsto na POE/2017, sustentado pelo comportamento da receita cobrada bruta“, explica a entidade liderada por Teodora Cardoso. O CFP assinala que o desempenho do IVA foi impulsionado pela própria evolução da economia, uma vez que o consumo privado nomina cresceu 3,7% no primeiro trimestre.

CFP dá um puxão de orelhas ao Ministério das Finanças
É um ponto prévio que o Conselho de Finanças Públicas faz questão de destacar: o Ministério das Finanças não disponibilizou ao CFP a Conta das Administrações Públicas para 2017 final, depois de feitas alterações na Assembleia da República na discussão realizada no final do ano passado. Esse pedido foi feito há mais de seis meses, em janeiro, e reiterado no final de junho. A falta desse documento condicionou a análise, critica o CFP, dado que “exclui as alterações no debate na especialidade”.
 

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BCE ficou a “dever” quatro mil milhões a Portugal em 2016 – ECO

Compras de dívida portuguesa pelo banco central ficaram quatro mil milhões de euros aquém da meta. Ainda assim, o custo da dívida baixou, isto num ano em que os bilhetes do Tesouro custaram 0,02%.

Em 2016, o Banco Central Europeu (BCE) comprou menos quatro mil milhões de euros em obrigações portuguesas do que estava previsto no programa de aquisição de dívida pública na Zona Euro. Mas, caso tivesse cumprido com rigor o objetivo de compras portuguesas de 1,6 mil milhões de euros todos os meses, o banco central teria ficado sem títulos portugueses ainda antes de o ano terminar.

Cristina Casalinho apresenta esta sexta-feira no parlamento o relatório anual de atividades do IGCP. O documento ajuda a perceber com maior pormenor a difícil gestão por parte do banco central de um plano que tem sido determinante para conter o risco de Portugal nos mercados. Essa gestão complicou-se sobretudo nos últimos meses do ano passado, quando o BCE começou a travar a fundo nas compras, o que motivou um agravamento das taxas portuguesas com os receios de “seca” no mercado nacional.

“No caso português, a restrição ficaria ativa possivelmente ainda antes do final de 2016, caso o BCE continuasse a comprar obrigações do Tesouro ao ritmo que seria previsível”, estima a agência que gere a dívida pública.

“Por este motivo, o BCE começou a comprar relativamente menos obrigações em mercado secundário logo em abril de 2016, tendo no conjunto do ano adquirido menos quatro mil milhões de euros do que seria previsível de acordo com a chave de capital“, sinaliza a agência liderada por Casalinho, que mostra que Portugal foi mesmo um dos países mais “afetados” por estas restrições.




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A redução das compras de Mario Draghi prosseguiu em 2017 à medida que o banco central vem absorvendo os títulos de dívida que ainda restam e num contexto de retirada gradual dos estímulos menos convencionais. E a questão do tapering deverá ser um dos temas quentes da audição parlamentar de Cristina Casalinho na Comissão do Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa que decorre esta manhã. São cada vez mais os sinais de impaciência em relação a este programa que tem o fim previsto (oficialmente) para final do ano. Os deputados vão querer saber de que forma a agência está a preparar a saída do banco central dos mercados de dívida no sentido de minimizar o impacto deste evento em Portugal.

Não obstante a maior ausência do BCE durante 2016, o IGCP conseguiu baixar o custo da dívida para os cofres do Estado. A 30 de dezembro de 2016, o valor de mercado da carteira total de dívida direta do Estado era de 244,48 mil milhões euros, com a taxa de juro média desse endividamento a diminuir ligeiramente para 1,91% face aos 1,93% em 2015. Em 2014 tinha sido de 1,75%.

Determinante para fazer baixar os custos do endividamento foram os bilhetes do Tesouro emitidos ao longo de 2016. No total, a agência levantou mais de 16 mil milhões em títulos de curto prazo e pelos quais pagou uma taxa marginal de 0,02%. Quase zero. Os últimos leilões foram realizados quase todos com taxas negativas.
 

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IGCP: Há investidores à espera de melhor 'rating' para comprar dívida - Obrigações

"Notamos que alguns investidores acham que a nova possibilidade parece sólida, alguns posicionam-se considerando que [o 'rating'] de Portugal regressará num intervalo aceitável ao grau de investimento", afirmou esta sexta-feira, 14 de Julho, Cristina Casalinho, em audição na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa (COFMA).

Em causa está a passagem a grau de investimento, saindo do grau especulativo ou 'lixo', da notação financeira da dívida pública portuguesa, isto depois da agência Fitch (uma das três principais agências de 'rating' mundiais) ter em Junho melhorado a perspectiva da dívida para positiva.

Ou seja, a Fitch ainda manteve a nota em 'lixo' ('BB+'), mas passou a perspectiva de 'estável' para 'positiva', o que significa que, na próxima revisão, a agência de notação poderá rever, positivamente, o 'rating' atribuído a Portugal no final do ano, para uma nota do patamar 'BBB', o primeiro nível acima de 'lixo'.

Cristina Casalinho disse hoje que acalenta expectativas também quanto à Moody's e Standard & Poor's, mas disse hoje que o IGCP não quer fazer prognósticos.

Actualmente, só a canadiana DBRS (a quarta maior agência de 'rating') coloca Portugal fora do 'lixo', ainda que estando no nível mais baixo de investimento.
O 'rating' atribuído pela DBRS tem muita relevância para que o Banco Central Europeu (BCE) continue a comprar dívida pública em Portugal e a financiar a banca nacional.
 

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Sondagem revela optimismo moderado quanto à evolução da economia - Economia

Como estará a economia portuguesa daqui a um ano? Melhor, na mesma ou pior? As respostas dividem-se, com grande maioria, entre as duas primeiras hipóteses. E entre quem admite votar nos partidos que apoiam a chamada "Geringonça", naturalmente impera o optimismo, segundo a mais recente sondagem da Aximage para o Negócios e o Correio da Manhã.

O trabalho em causa revela que 39,2% dos inquiridos estão à espera de uma melhor prestação da economia dentro de um ano, face à conjuntura actual. Já 12,6% aguardam o contrário. Contudo, se confrontarmos o barómetro anterior, publicado em Abril, nota-se uma redução de 10 pontos percentuais relativamente ao grupo dos mais optimistas, contra uma descida de dois pontos entre os mais pessimistas.

No estudo agora tornado público, realizado entre 6 e 11 de Julho, a maioria (45,1%) dos participantes diz ter a expectativa de que a economia se mantenha daqui a um ano tal como está actualmente, valor que pode explicar a queda dos que esperam uma melhoria conjuntural (39,2%), comparativamente a Abril último - quando 49,6% dos inquiridos partilhavam essa mesma perspectiva. Na altura, quem acreditava que estará tudo na mesma em Julho de 2018 correspondia a 34,2% do universo de inquiridos.

Um outro foco de análise feito pela Aximage envolve o alongamento temporal da perspectiva sobre a evolução da economia portuguesa. À pergunta "daqui a três anos, como estará a economia do país?", o optimismo é maior: 50,6% dos inquiridos acreditam que estará melhor; 18,7% defendem que não haverá alterações; enquanto 13,2% consideram que se encontrará pior.

Sondagem revela optimismo moderado quanto à evolução da economia
 

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Metas orçamentais em risco por causa do BPP – ECO
ECO
O Estado tem 450 milhões de euros do BPP a receber, mas houve mais um grupo de credores a tentar novamente impedir essa devolução. Montante conta para o cumprimento das metas orçamentais deste ano.

Os credores do Banco Privado Português (BPP) não baixam os braços na tentativa de travarem a entrega de 450 milhões de euros ao Estado pela comissão liquidatária da antiga instituição bancária, pondo em risco o cumprimento das metas orçamentais deste ano.

Desta vez foi a sociedade de credores Liminorke a apresentar recurso depois de ver indeferida uma providência cautelar com o objetivo de suspender a entrega desse dinheiro ao Estado e, consequentemente, suspendendo a liquidação do antigo banco, de acordo com a edição desta terça-feira do Público.

A Liminorke segue assim as passadas já dadas pelo grupo de credores do BPP que compõem a Associação Privado Clientes. Em junho, esta associação recorreu também de uma providência cautelar que interpôs no mesmo sentido e que mereceu parecer desfavorável por parte do tribunal, sublinha ainda o mesmo jornal.

Os credores do BPP põem assim em cheque as metas orçamentais do Governo. Esses 450 milhões de euros, que deverão ser entregues ao Estado após a liquidação do BPP, é uma verba com a qual o ministro das Finanças, Mário Centeno, conta para atingir as metas orçamentais definidas para este ano.

O dinheiro foi entregue ao BPP por seis bancos com presença no país, um empréstimo que recebeu uma garantia do Estado. Esses bancos ativaram a garantia estatal em 2010, ficando também o Estado como credor.
 

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UTAO fez as contas. Governo dá perdão de 630 milhões à banca – ECO


A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) estima que a revisão das condições do empréstimo do Estado ao Fundo de Resolução — que permite, por sua vez, que os bancos paguem ao Fundo o empréstimo para salvar a banca em mais tempo — seja o equivalente a um perdão na ordem dos 630 milhões de euros, quando comparado com as condições iniciais. Os cálculos constam de um relatório distribuído esta terça-feira aos deputados da comissão de Orçamento e Finanças.

O Fundo de Resolução tem um plano financeiro que permite reduzir este custo para pouco mais de metade (347 milhões de euros). Contudo, este plano implica que a contribuição extraordinária da banca passe a definitiva, explicam os peritos, no documento a que o ECO teve acesso. Mas haveria alternativa?

Recuando no tempo. A 21 de março, o Governo anunciou que tinha decidido dar mais tempo aos bancos para pagarem os empréstimos que o Estado concedeu ao Fundo de Resolução, para injetar dinheiro no Banif e no Novo Banco. Esta foi a segunda vez que as condições do empréstimo foram revistas e os deputados da oposição levantaram uma questão: estaria o Governo, na prática, a dar um perdão de juros à banca?

Confrontado com a questão, o Governo foi sempre garantindo que se as condições dos empréstimos se mantivessem inalteradas, a banca não teria como pagar — o prazo terminava em dezembro de 2017. E que, por isso, o custo de manter a operação nos termos iniciais implicaria perder muito mais. Mas os deputados quiseram que a UTAO fizesse as contas e aprovaram um requerimento do PCP.

Ora, de acordo com os cálculos dos peritos do Parlamento, se os bancos tivessem devolvido o valor do empréstimo (3.900 milhões de euros) de acordo com as condições iniciais, o resultado da operação gerava “um valor atualizado líquido positivo, embora pouco expressivo”, lê-se no relatório.

Estas eram as condições iniciais:
  • empréstimo com reembolso previsto para agosto de 2016;
  • pagamento de juros trimestral;
  • juros calculados com base no custo de financiamento do Estado ao abrigo do Programa de Ajustamento, acrescido de uma comissão e de um fator de desincentivo. No primeiro período de duração do empréstimo, o juro era de 2,962%.
Se estes termos tivessem sido cumpridos, e assumindo que os bancos teriam condições para o fazer, esta operação teria um valor atualizado líquido de 19,5 milhões de euros.

Convencido de que a banca não teria forma de fazer face ao reembolso deste empréstimo, o Governo reviu, pela primeira vez, as condições do contrato. A revisão foi feita em julho de 2016, com as seguintes novidades fundamentais:
  • prazo de vencimento do empréstimo adiado para 31 de dezembro de 2017;
  • juros com vencimento a 4 de agosto de 2017 e em 31 de dezembro de 2017;
  • taxa de juro revista para 1,25% para o período em que estes termos vigoraram.
A UTAO fez as contas a estas novas condições e concluiu que o valor atualizado líquido passou de ligeiramente positivo, para ligeiramente negativo: “62 milhões de euros.”

Mas estas condições foram revistas uma segunda vez. Mudou o prazo de vencimento, e a taxa de juro:
  • prazo de vencimento alongado para 31 de dezembro de 2046;
  • taxa de juro fixa nominal anual de 2% entre 5 de novembro de 2016 e 31 de dezembro de 2021;
  • a partir de 2022, a taxa de juro nominal anual será revista de cinco em cinco anos, com o objetivo de refletir os custos médios do financiamento da República, acrescidos de uma comissão de 0,15%
Ora, com estas novas condições, “o contrato apresenta um valor atualizado líquido negativo, de 633,4 milhões de euros,” lê-se no relatório. Aqui assume-se que o empréstimo segue até ao final do contrato e estima-se um fluxo de juros apurados entre 4 de agosto de 2014 e 31 de dezembro de 2046 de 1.771,2 milhões de euros, em termos de valor atualizado. A este valor, soma-se um valor atualizado do capital a 4 de agosto de 1.495,4 milhões de euros, num total de (capital e juros) 3.266,6 milhões de euros. É este valor que compara com os 3.900 milhões de euros que foram emprestados e representa, por isso, um perdão de juros na ordem dos 630 milhões de euros.

UTAO fez as contas. Governo dá perdão de 630 milhões à banca
 

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Preços das casas em Portugal com quarto maior aumento da Zona Euro

A subida dos preços das casas em Portugal, no primeiro trimestre deste ano, foi a quarta mais acentuada entre todos os países da Zona Euro.

Segundo o Eurostat, que confirma dados já revelados pelo INE, os preços das casas em Portugal aumentaram 7,9% nos primeiros três meses do ano, quando comparado com o período homólogo. Entre países da Zona Euro, apenas a Lituânia (10,2%), Letónia (10,1%) e Irlanda (8,9%) registaram aumentos mais pronunciados. Tendo em conta todos os países da União Europeia, países como a República Checa e a Bulgária também registaram aumentos superiores.

O INE tinha já revelado, a 23 de Junho, que os preços das habitações em Portugal tinham aumentado 7,9% no trimestre, o que correspondia a um crescimento recorde.

Na comparação com os três últimos meses do ano passado, os preços das casas em Portugal aumentaram 2,1%, o que também representa um dos crescimentos mais elevados entre os países da Zona Euro.

Em média, nos países que partilham a moeda europeia os preços das casas aumentaram 4% no primeiro trimestre, pelo que preços das casas em Portugal estão a crescer praticamente ao dobro do ritmo registado pelos países do euro.

Nos dois últimos trimestres do ano passado os preços das casas em Portugal tinham registado um crescimento homólogo de 7,6%, o que também duplicava o aumento médio verificado na Zona Euro.
 

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INE: Actividade económica com o maior aumento em 16 anos
Os dados económicos têm apontado para que a economia portuguesa continue a crescer. As previsões de várias entidades têm sido revistas em alta e os indicadores corroboram estas perspectivas.

O indicador de actividade económica cresceu 3%, em Maio, quando comparado com o mesmo período do ano passado. Este é o aumento mais acentuado da actividade económica desde Maio de 2001. Ou seja, a economia está a dar sinais de um acelerar do seu crescimento, segundo os dados divulgados esta quarta-feira, 19 de Julho, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

A contribuir para esta evolução têm estado a indústria e os serviços, ambos a registarem melhorias no seu desempenho.

Mas não só, os consumidores continuam a contribuir para a melhoria da economia. Os dados do consumo privado, divulgados esta quarta-feira, são já de Junho e apontam para um aumento do consumo. O indicador cresceu 2,5%, quando em Maio o aumento tinha sido de 2,3%, segundo a média móvel dos últimos três meses.

Os dados divulgados pelo INE corroboram assim uma série de revisão em alta das estimativas para a economia nacional. Ainda ontem, o comissário Europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici assumiu estar "impressionado" com os progressos conseguidos por Portugal, desde a sua última visita em Fevereiro deste ano. E admitiu que o produto interno bruto (PIB) nacional cresça mais de 2,5% este ano. A última previsão de Bruxelas para Portugal apontava para que a economia crescesse 1,8% este ano, valor idêntico à estimativa do Governo liderado por António Costa no Orçamento do Estado.

Nos últimos tempos têm sido várias as instituições a reverem em alta as previsões para a economia nacional. Uma das últimas foi a Universidade Católica que prevê agora o maior crescimento de Portugal em 17 anos.
 

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Portugal emite dívida com taxas ainda mais negativas - Obrigações

Portugal regressou esta quarta-feira, 19 de Julho, ao mercado de dívida, tendo colocado 500 milhões de euros em bilhetes do Tesouro a 6 meses e 1.250 milhões de euros em títulos a 12 meses.


Nos títulos com maturidade em Janeiro (seis meses) o IGCP conseguiu uma taxa de -0,292%, inferior aos -0,21% da emissão semelhante realizada em Maio, que já era um mínimo histórico
.
Na colocação de títulos com maturidade em Julho de 2018 a "yield" situou-se em -0,259%, bem abaixo dos -0,153% da emissão de Maio. Em Junho a agência tinha colocado titulos com uma maturidade de 11 meses com um juro mais baixo (-0,264%).

O instituto que gere a dívida do estado conseguiu assim conseguir baixar os custos de financiamento na dívida de curto prazo, indiferente ao aumento dos juros no mercado secundário nos títulos de prazo mais longo, devido às perspectivas de retirada de estímulos por parte do Banco Central Europeu.

Além dos juros substancialmente mais baixos, o IGCP conseguiu também atrair uma procura superior. Na emissão de bilhetes do Tesouro a seis meses a procura superou a oferta em 2,77 vezes (2,23 vezes na emissão de Maio), enquanto nos títulos a 12 meses (onde foi colocado um montante superior) o rácio ficou em 1,7 vezes (1,62 vezes em Maio).

A procura robusta levou o IGCP a colocar o montante máximo pretendido, uma vez que o intervalo tinha sido fixado na sexta-feira entre 1,5 e 1,75 mil milhões de euros.

Na primeira semana de Julho a agência liderada por Cristina Casalinho fez um duplo leilão de longo prazo tendo-se financiado em mil milhões de euros. Com esta emissão, o Estado chega a Julho com mais de 70% da meta para a emissão de Obrigações do Tesouro cumprida.
 

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