BPI riferisce che Amado avrebbe promesso un quarto trimestre in pareggio per BCP.
Vediamo se si smentisce:
BCP deverá abandonar prejuízos no último trimestre de 2014
26/10/2014
Não é o regresso aos lucros. Mas poderá ser o fim dos prejuízos trimestrais que se vivem há praticamente dois anos. O Banco Comercial Português poderá alcançar o equilíbrio operacional, sem lucros e sem prejuízos, no último trimestre de 2014, disse o presidente executivo, Nuno Amado, quando falava do chumbo nos testes de stress.
"O BCP deverá ter atingido o ‘break-even no trimestre", afirmou aos jornalistas o CEO do BCP, dizendo que o valor é depois de alguns efeitos extraordinários. Nos primeiros nove meses do ano, o prejuízo do banco foi de 98,3 milhões de euros, resultado de três trimestres deficitários. Ainda assim, no mesmo período de 2013, o resultado líquido havia sido de 597,3 milhões de euros.
Assim, no quarto trimestre, o símbolo "-" poderá desaparecer das contas trimestrais do BCP, ainda que não evitando o prejuízo anual. Será um feito "extraordinário", ressalvou o CEO. O último trimestre em que o banco presidido por Amado obteve um resultado positivo foi nos primeiros três meses de 2012, com um lucro de 40,8 milhões de euros.
O presidente do banco defende que esta melhoria das contas resulta de um trabalho feito na área de receitas, com uma melhoria da margem financeira e do produto bancário. Mas também o corte de custos ajudou. O banco tem vindo a reduzir pessoal. No final de 2007, antes da crise financeira, trabalhavam no banco mais de 10.500 pessoas em Portugal. O número caiu para 10.000 no final de 2011. Ou seja, menos 500 pessoas em quatro anos. Agora, o banco conta com pouco mais de 8.000 trabalhadores (em Setembro eram 8.266). E o objectivo é, reiterou Nuno Amado, que o número desça até aos 7.500 no próximo ano, com base no programa de adesões voluntárias para a entrada na reforma.
"Estamos mais sólidos, mais fortes, para podermos apoiar a economia portuguesa", garantiu Nuno Amado na declaração aos jornalistas este domingo, 30 minutos depois de ter sido divulgado que o banco não cumpriu os rácios mínimos exigidos pelo Banco Central Europeu no cenário adverso dos testes de esforço financeiro. O banco diz ter já medidas que permitem cumprir integralmente o valor em falta e não é necessário nenhum aumento de capital nem venda de activos estratégicos.
BCP corta mais de 20 sucursais em três meses
Em 2014, a instituição espera acabar o ano com 698 sucursais, disse Nuno Amado na sua intervenção deste domingo. O número compara com as 721 com que o banco operava no final de Setembro de 2014, segundo o relatório publicado. Eram 783 um ano antes.
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Banco vai apresentar plano ao Mecanismo Único de Supervisão esta semana e espera ter uma resposta antes do final do ano.
O BCP dispõe de uma folga de capital de 377 milhões de euros conseguida com as mais-valias potenciais na carteira de dívida pública portuguesa. Este valor foi frisado na segunda-feira pela gestão do banco na conferência com analistas e investidores institucionais, a propósito dos resultados dos nove primeiros meses do ano, mas em que o tema dos testes de stress esteve no centro da agenda.
Apesar daquela folga, a administração do BCP voltou a realçar ao mercado que, tendo como base conversações recentes com o BCE, as medidas constantes no plano que será entregue ao Mecanismo Único de Supervisão (SSM) não deverão enfrentar obstáculos por parte das autoridades. Até porque em causa estão impactos positivos que já foram concretizados no decurso do ano.
No entanto, a gestão realçou na conferência a existência das mais-valias potenciais com a carteira de dívida, o que levou os analistas do BPI a referir, numa nota a investidores, que aquela folga de 377 milhões pode ser utilizada como uma medida alternativa para reforçar capital.
No dia da apresentação de resultados da avaliação completa, o BCP comunicou que incorporando o efeito positivo dos resultados operacionais deste ano, da venda da participação nas entidades seguradoras do ramo não-vida e da venda de obrigações emitidas no âmbito das operações de securitização relativa ao défice tarifário, conseguiria atingir um rácio de CET1 de 5,55% no cenário adverso dos testes de ‘stress'. Nos resultados divulgados pelo BCE, o BCP obteve um rácio de 3% neste cenário, sendo que o mínimo exigido era de 5,5%. A falha de capital identificada foi de 1,14 mil milhões de euros. Já no cenário base, o banco passou no teste.
Segundo os analistas do BPI, que participaram na conferência do BCP, o banco entregará o plano aoSSMesta semana. Apesar de, formalmente, o Mecanismo ter até ao final do ano para se pronunciar, a administração do BCPespera que a resposta chegue antes daquele prazo.